O cerco executado pelo exército de Israel a Gaza é um decreto de morte a milhões de Palestinos e um crime hediondo, comparado aos crimes nazistas na
Segunda Guerra
O cerco militar a uma população é hediondo
O governo de Benjamin Netanyahu promove um cerco mortal à população de Gaza, sob o pretexto de combater o Hamas. Todas as evidências demonstram que o real objetivo do atual governo de Israel é inviabilizar a existência de um estado Palestino independente, mesmo que isso signifique o extermínio de milhões de pessoas.
Diariamente as imagens mostram as consequencias dessa atitude, provocando a morte em massa pela fome, pelas doenças e condições de de vida sub-humanas, num país completamente arrasado.
A ação do governo de Israel não é um ato isolado. Netanyahu conta com o apoio militar e financeiro dos Estados Unidos desde sempre. Se nos governos anteriores esse apoio era envergonhado, sob Trump este apoio é descarado.
Segundo Trump, Israel entregaria Gaza aos Estados Unidos ao final da “Guerra“. Trump mobilizaria seus amigos do ramo imobiliário para reconstruir Gaza de “maneira cuidadosa e lenta (sic)”, sem a necessidade de nenhum soldado americano. Em outras palavras, caberia ao exército de Israel fazer o trabalho sujo, para que depois os magnatas da construção pudessem trabalhar.
O objetivo: Aniquilar o povo Palestino e impedir um Estado Independente
É importante que o povo de Israel e os israelitas em todo o mundo se lembrem do crime hediondo sofrido ao longo de décadas e impeça que um governo ilegítimo e terrorista aplique os mesmos métodos contra os Palestinos.
A Palestina sofre hoje oque o povo povo judeu sofreu no passado passado.
A história dos cercos militares
Cercar uma população é derotá-la pela fome é um recurso militar adotado mesmo antes da era cristã. O Cerco de Troia (c. 1194–1184 a.C.), talvez seja um dos mais famosos, imortalizado pela Ilíada do Homero.
Outros acontecimentos semelhantes se sucederam ao longo dos séculos:
- Cerco de Constantinopla (717–718)
- Cerco de Orleans (1428–1429)
- Cerco de Constantinopla (1453)
- Cerco de Malta (1565)
- Cerco de Viena (1683)
- Cerco de Yorktown (1781)
- Cerco de Acre (1799)
- Cerco de Sebastopol (1854–1855)
A história dos cercos nazistas
No verão de 1942, cerca de 300 mil judeus foram deportados de Varsóvia para o campo de concentração de Treblinka. A informação chegou ao Gueto de Varsóvia, onde um grupo de israelitas formou o ZOB – Organização Judaica Combatente.
Em janeiro de 1943, quando os soldados alemães tentaram levar mais uma leva de judeus, o grupo iniciou uma rebelião armada.

O Levante do Gueto de Varsóvia se iniciou em em 19 de abril de 1943, quando o exército hitlerista tentou levar mais um grupo de judeus para os campos de concentração.Pouco mais de 700 judeus enfrentaram aas tropas nazistas com o que tinha à sua disposição para impedir o extermínio de seus familiares. O levante durou até 16 de maio, quando o grupo foi subjugado. Mais de 50 mil judeus foram capturados e perto de 7.000 foram assassinados. O restante foi deportado para os campos de concentração.
Apesar de toda a inferioridade numérica, militar e da situação de fome e miséria, os judeus lutaram por suas vidas e pela liberdade.
O Cerco de Leningrado (1941–1944), na Rússia foi um dos mais mortais da Segunda guerra. Mais de 1 milhão de pessoas morreu neste período. 3% morreu pelos bombardeios. 97% morreu de fome.
A cidade foi bombardeada pela Luftwafe e completamente isolada, com o objetivo de conquistar Leningrado pela fome, pelo frio e, pelas doenças (alguma semelhança?).
Uma única rota de acesso foi mantida de forma precária, pelo Lago Ladoga, conhecida como a “Estrada da Vida”. Mais de 1 milhão de pessoas foi evacuada por este acesso e os pouco mantimentos chegavam por este caminho.
"Todas as divisões alemãs, todas os militares alemães que se encontram nos arredores de Leningrado, eles sabiam o que estavam fazendo, eles sabiam que a população de Leningrado estava cercada, independentemente se eram comunistas, judeus, combatentes ou não combatentes. A questão era a destruição da população civil. Eles planejaram a morte da população, fizeram todo o possível para que a população morresse, sabendo disso, e, acima de tudo, tomavam todas as ações necessárias para que isso acontecesse em um curto período de tempo. Todos os elementos do conjunto de crimes que na norma penal moderna compõem o que se chama de genocídio existiram aqui
Testemunhos no Tribunal de São Petersburgo Tweet
O Cerco de Stalingrado (1942–1943) marcou a virada da Segunda Guerra que levou à derrota do nazismo. Esta batalha se estendeu de 23 de agosto de 1942 até 2 de fevereiro de 1943.
Como em Leningrado, o cerco à cidade começou com um violento ataque de centenas de aviões da Lutfwafe. Mas diferentemente de Leningrado, a infantaria tentou ocupar a cidade e acelerar a vitória. Se iniciou uma guerra de guerrilha urbana. A população utilizou os escombros da cidade para resistir ao avanço alemão até a chegada de reforço do exército russo, que derrotou as tropas nazistas e iniciou o avanço em direção a Berlim, que acabou resultando na morte de Hitler e o capitulação do exército alemão.
A ONU e a defesa dos direitos civis e humanos
Como resposta direta aos horrores da Segunda Guerra, A ONU decretou em 1949 as Convenções de Genebra, com o objetivo de proteger os direitos civís e dos prisioneiros de guerra. Foram quatro convenções:
- Proteção dos feridos e doentes das forças armadas em campanha
- Proteção de feridos, doentes e náufragos no mar
- Tratamento digno dos prisioneiros de guerra
- Proteção de civis em tempos de guerra, incluindo a proibição de violência contra não combatentes, a tomada de reféns, distribuição injustificada de propriedades e deportações forçadas.
Infelizmente, nos dois principais conflitos mundiais, Palestina e Ucrânia, a aplicação das medidas aprovadas de maneira unânime são bloqueadas no próprio Conselho de Segurança da ONU, pelos Estados Unidos no caso da Palestina e pela Rússia, no caso da Ucrânia.
A destruição deliberada da ONU, pelo seu próprio Conselho de Segurança e agora em particular pelo governo Trump, lança o mundo em um risco de barbárie pré-segunda guerra, anulando todas as conquistas humanas obtidas ao longo dos últimos anos.